Para o LetrasPretas, 2019 foi um ano de renovação e de construção de parcerias.
Com a chegada de novas integrantes, o grupo foi reestruturado para dar continuidade às suas diversas atividades: as Rodas de Leitura, o Mural e o programa de rádio. Isso viabilizou a composição de três murais: o mural em homenagem a Marielle Franco, composto em março e destruído menos de um mês depois (ao que respondemos com uma colagem de textos contra o genocídio do povo negro); o mural em homenagem a Eliana Alves Cruz, composto em junho; e o mural em homenagem a Carolina Maria de Jesus, montado em setembro. Realizamos Rodas de Leitura sobre contos de Geni Guimarães e Conceição Evaristo, além de um minicurso sobre Cristiane Sobral; recebemos a escritora Lubi Prates, na primeira das atividades da série LetrasPretas convida; e gravamos a segunda e a terceira temporadas de nosso programa de rádio, que foram veiculadas ao longo do ano pela Rádio UERJ.
A aprovação do projeto como ação extensionista, com a obtenção de uma bolsa subsidiada pela UERJ, propiciou a intensificação de nossas atividades. Construímos parcerias com o Centro de Estudos Interculturais da UERJ – o que viabilizou eventos em que recebemos as escritoras Cidinha da Silva e Eliana Alves Cruz, além de Tom Farias, biógrafo de Carolina Maria de Jesus; com o projeto Mulheres Negras & Escrita, o que facultou a visita à Uerj da professora e pesquisadora Lesley Feracho; e com o LabMeRE, o que possibilitou a realização do evento Diálogos em pretuguês: vozes de intelectuais negras, reunindo pesquisadoras, pensadoras e escritoras negras.
Atendendo a convites, integrantes do LetrasPretas participaram de atividades na UERJ e em outros espaços: o coordenador do projeto, professor Henrique Marques Samyn, ministrou a aula pública “O blackface como desumanização dxs negrxs” na abertura da “Semana de intervenção contra o racismo”, organizada por alunas negras e alunos negros da UERJ; as integrantes do projeto Verônica Silva, Amanda Lourenço, Cinthia Martiniano, Camila Souza e Mahara Santos ministraram o minicurso “Literatura negro-brasileira de autoria feminina: diálogos de resistência” na Semana Acadêmica de Letras 2019, na UERJ de São Gonçalo; e as integrantes Amanda Lourenço e Camila Souza participaram do primeiro encontro de estudantes de pós-graduação da UERJ “Educação em Disputa”.
O reconhecimento oficial ao trabalho realizado pelo LetrasPretas veio na forma do Prêmio Fernando Sgarbi Lima, na categoria Proiniciar, conferido ao projeto pelo segundo ano consecutivo; e na renovação de todas as nossas bolsas para o próximo ano letivo. Não menos importante foi o reconhecimento perceptível pelo expressivo comparecimento de discentes da UERJ e de pessoas da comunidade externa aos nossos eventos.
Contando com cinco novas integrantes, o LetrasPretas avança para 2020 com novos planos e projetos, sempre mantendo o compromisso fundamental de divulgar e valorizar a produção intelectual e cultural de mulheres negras.
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