Eliane Marques. Louças de família. Autêntica, 2023. Louças de família é o quarto livro da escritora Eliane Marques, ganhadora dos prêmios Açorianos e o Minuano de Literatura. Além se de dedicar à escrita literária, Eliane é tradutora e coordenadora da editora Escola de Poesia Africana, voltada à publicação de autoras amefricanas no Brasil. O romance... Continuar Lendo →
Entre o baile charme e a obrigatoriedade do salto
Texto dedicado a Nayara Matos e Roberta Domingos Há uma coisa interessante em ser uma sobrevivente preta neste país: você nunca sabe o que é um hábito natural seu como indivíduo, ou como mais um sujeito no mundo, ou o que lá no fundo é algum tipo de herança herdada do nosso conhecido racismo cotidiano.... Continuar Lendo →
O suicídio entre as universitárias negras e a hipocrisia e crueldade da vida acadêmica
Esses dias, durante uma sessão com a minha psicóloga, que é negra, falávamos sobre suicídio. Ela me explicava como há de forma escancarada um projeto político no Brasil, muito sofisticado, que tem como objetivo o extermínio da população preta. Isso não é novidade para quem estuda as questões étnico-raciais; porém, entre as estudantes e intelectuais... Continuar Lendo →
Quando cruzei com Carolina Maria de Jesus…
Era uma tarde ensolarada de um domingo cheio de trabalhos pendentes, quando me mandaram um convite para escrever um relato sobre a minha experiência com o mestrado. Na mesma hora aceitei, pois já fazia um bom tempo que eu queria escrever sobre algo que ficou latente durante todo esse processo: a minha forte identificação com... Continuar Lendo →
O sujeito universal epistêmico que não existe
Harmonia Rosales, The virtuous woman O que vou relatar aqui com certeza toca em feridas de qualquer pesquisadora negra, ou pesquisador negro, que viva dentro do meio acadêmico, e também não é nenhum assunto novo, mas a reincidência dessas questões só ressalta a importância de pessoas negras ocuparem lugares importantes nos discursos acadêmicos que legitimam... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (III)
A segunda e a terceira parte do livro de Nilma Lino Gomes apresentam ao leitor as entrevistas feitas com clientes e funcionários dos quatro salões étnicos que foram campo de pesquisa da autora na virada do século XX para o XXI, dedicando-se ainda a um maior aprofundamento teórico que visa discutir os conflitos do negro... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (II)
Em Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, Nilma Lino Gomes leva em consideração o modo como o cabelo e a cor da pele representam importantes fatores constituintes da subjetividade de um sujeito, fazendo uma relação disso com a própria formação da sociedade brasileira e os conflitos de uma cultura... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (I)
Nilma Lino Gomes. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Autêntica Editora, 2019. A primeira edição de Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, publicada em 2006, não tardou a se tornar uma referência incontornável, pela inovadora maneira como analisava a importância do corpo e... Continuar Lendo →
Sobre a cura
O racismo é algo que pode ser perdoado? A escravidão dos nossos antepassados pode ser perdoada? Alguém, além de mim, carrega esses pensamentos como uma mágoa? As vezes me pergunto isso. Uma vez, assistia à cena de um filme; era uma mulher negra escravizada sendo vendida diante do filho. Meu pai, que também é negro,... Continuar Lendo →
Por que eu, mulher negra, celebro: Lula livre!
Nunca vou me esquecer da vez em que eu conversava com a minha avó, mulher negra e nordestina, sobre o Lula. Eu perguntei por que ela, que mal falava sobre qualquer coisa relativa à política, era tão apegada à figura do Lula. Ela me respondeu “Foi graças a ele, minha filha, que lá em casa... Continuar Lendo →
