Era uma tarde ensolarada de um domingo cheio de trabalhos pendentes, quando me mandaram um convite para escrever um relato sobre a minha experiência com o mestrado. Na mesma hora aceitei, pois já fazia um bom tempo que eu queria escrever sobre algo que ficou latente durante todo esse processo: a minha forte identificação com... Continuar Lendo →
O sujeito universal epistêmico que não existe
Harmonia Rosales, The virtuous woman O que vou relatar aqui com certeza toca em feridas de qualquer pesquisadora negra, ou pesquisador negro, que viva dentro do meio acadêmico, e também não é nenhum assunto novo, mas a reincidência dessas questões só ressalta a importância de pessoas negras ocuparem lugares importantes nos discursos acadêmicos que legitimam... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (III)
A segunda e a terceira parte do livro de Nilma Lino Gomes apresentam ao leitor as entrevistas feitas com clientes e funcionários dos quatro salões étnicos que foram campo de pesquisa da autora na virada do século XX para o XXI, dedicando-se ainda a um maior aprofundamento teórico que visa discutir os conflitos do negro... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (II)
Em Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, Nilma Lino Gomes leva em consideração o modo como o cabelo e a cor da pele representam importantes fatores constituintes da subjetividade de um sujeito, fazendo uma relação disso com a própria formação da sociedade brasileira e os conflitos de uma cultura... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (I)
Nilma Lino Gomes. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Autêntica Editora, 2019. A primeira edição de Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, publicada em 2006, não tardou a se tornar uma referência incontornável, pela inovadora maneira como analisava a importância do corpo e... Continuar Lendo →
Sobre a cura
O racismo é algo que pode ser perdoado? A escravidão dos nossos antepassados pode ser perdoada? Alguém, além de mim, carrega esses pensamentos como uma mágoa? As vezes me pergunto isso. Uma vez, assistia à cena de um filme; era uma mulher negra escravizada sendo vendida diante do filho. Meu pai, que também é negro,... Continuar Lendo →
Por que eu, mulher negra, celebro: Lula livre!
Nunca vou me esquecer da vez em que eu conversava com a minha avó, mulher negra e nordestina, sobre o Lula. Eu perguntei por que ela, que mal falava sobre qualquer coisa relativa à política, era tão apegada à figura do Lula. Ela me respondeu “Foi graças a ele, minha filha, que lá em casa... Continuar Lendo →
“Precisa ser desculpado, é um homem do seu tempo”
A foto que estampa este artigo foi tirada em 1982, e é do jornalista Luiz Morier. Nela, um sargento da PM, à maneira dos antigos capitães do mato, segura sete homens negros amarrados por uma corda. A fotografia foi destaque da primeira página do JB e posteriormente rendeu ao jornalista o Prêmio Esso. Esses dias... Continuar Lendo →
Pensar a alteridade no feminismo
“Toda a teoria feminista produzida por um grupo pequeno de mulheres brancas, letradas, burguesas ou em lugar de privilégios pretende a universalidade”: fala da teórica e ativista Yuderkys Espinosa-Miñoso, em entrevista ao segundo volume da revista Brejeiras (Feminismo descolonial: uma teoria voltada para luta) . Se eu não fosse uma mulher negra, se eu fosse... Continuar Lendo →
Uma preta na FLIP 2019
Neste último fim de semana, aconteceu a FLIP 2019, festa literária internacional de Paraty. Foi o segundo ano em que me dei a oportunidade de ir ao evento. Paraty é uma cidade turística que oferece duas principais atrações: o centro histórico e as belíssimas praias e cachoeiras no seu entorno. Para os amantes da literatura... Continuar Lendo →