Nestes dias, pensei em como a ficção, de uma maneira mais livre, consegue representar a realidade e como, por esse motivo, conseguimos nos identificar com as situações vividas pelos personagens literários. Cara leitora, você irá entender as vivências pelas quais passamos ao longo dessa vida; e nós, mulheres negras, carregamos marcas e cicatrizes internas que... Continuar Lendo →
Resistir para poder ser negra
Alessandra Devulsky. Colorismo. Jandaíra, 2021. Colorismo, lançado este ano pela editora Jandaíra, faz parte da série “Feminismos Plurais”, coleção organizada pela filósofa Djamila Ribeiro. O livro apresenta à leitora o grande debate sobre o colorismo e o modo como ele opera na vida de pessoas negras – principalmente, de nós, negras brasileiras. Aliás, acho importante... Continuar Lendo →
O “patrimônio” Sueli Carneiro
Sueli Carneiro. Escritos de uma vida. Editora Jandaíra, 2019. Para iniciar esta resenha, preciso me valer das palavras de Djamila Ribeiro em que ela afirma que Sueli Carneiro é um “patrimônio”. O seu livro Escritos de uma vida – foco deste texto – mostra o brilhantismo da filósofa e ativista ao reunir alguns de seus... Continuar Lendo →
De que cor é pele?
Denise Camargo. De cor da pele. Jandaíra, 2019. Durante a infância, fui uma criança intimamente ligada às artes, mais especificamente à pintura. Eu adorava desenhar e colorir animais, casas, paisagens e pessoas, embora esse último elemento fosse um desafio à parte. Na minha lúdica imaginação infantil, as pessoas eram coloridas: brancas, marrons, amarelas, vermelhas, e... Continuar Lendo →
O sujeito universal epistêmico que não existe
Harmonia Rosales, The virtuous woman O que vou relatar aqui com certeza toca em feridas de qualquer pesquisadora negra, ou pesquisador negro, que viva dentro do meio acadêmico, e também não é nenhum assunto novo, mas a reincidência dessas questões só ressalta a importância de pessoas negras ocuparem lugares importantes nos discursos acadêmicos que legitimam... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (II)
Em Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, Nilma Lino Gomes leva em consideração o modo como o cabelo e a cor da pele representam importantes fatores constituintes da subjetividade de um sujeito, fazendo uma relação disso com a própria formação da sociedade brasileira e os conflitos de uma cultura... Continuar Lendo →
Sem perder a raiz (I)
Nilma Lino Gomes. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. Autêntica Editora, 2019. A primeira edição de Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra, publicada em 2006, não tardou a se tornar uma referência incontornável, pela inovadora maneira como analisava a importância do corpo e... Continuar Lendo →
Sobre a cura
O racismo é algo que pode ser perdoado? A escravidão dos nossos antepassados pode ser perdoada? Alguém, além de mim, carrega esses pensamentos como uma mágoa? As vezes me pergunto isso. Uma vez, assistia à cena de um filme; era uma mulher negra escravizada sendo vendida diante do filho. Meu pai, que também é negro,... Continuar Lendo →
Uma carta à gente branca
Cara gente branca, já que vocês decidiram perguntar – a gente já tem falado disso há um tempo e vocês não quiseram ouvir, mas enfim –, vou responder à sua pergunta: o que você pode fazer para não ser racista? Vamos começar relembrando um pouco da sua história de luta contra o racismo. Sua batalha... Continuar Lendo →
“A escrita é meu porto seguro, meu lar”
Meu processo de intimidade com a escrita foi muito difícil e muito demorado, se comparado com o de outras realidades mais privilegiadas. Cresci conhecendo escritoras novas e a tristeza me tomava quando refletia sobre os motivos que retardavam o momento em que eu me jogaria de cabeça nas letras. Acreditem, pretas, não foi por falta... Continuar Lendo →