“Celinha”, nome artístico de Célia Aparecida Pereira, é uma das duas autoras presentes no histórico primeiro número dos Cadernos Negros, publicado em 1978 – ao lado dela e de Angela Lopes Galvão, o volume trazia composições de Cuti, Eduardo de Oliveira, Henrique Cunha Jr., Hugo Ferreira, Jamu Minka e Oswaldo de Camargo. Além dos cinco... Continuar Lendo →
O sujeito universal epistêmico que não existe
Harmonia Rosales, The virtuous woman O que vou relatar aqui com certeza toca em feridas de qualquer pesquisadora negra, ou pesquisador negro, que viva dentro do meio acadêmico, e também não é nenhum assunto novo, mas a reincidência dessas questões só ressalta a importância de pessoas negras ocuparem lugares importantes nos discursos acadêmicos que legitimam... Continuar Lendo →
O encantado e a presença feminina em narrativas evaristianas (II)
Esta é a segunda parte do ensaio de Maria Verônica da Silva sobre Histórias de leves enganos e parecenças, de Conceição Evaristo. Continuo a ler Histórias de leves enganos e parecenças refletindo sobre a força do feminino que engendra boa parte dos contos e da novela que o compõem. A menina e a gravata, por... Continuar Lendo →
O encantado e a presença feminina em narrativas evaristianas (I)
Esta é a primeira parte do ensaio de Maria Verônica da Silva sobre Histórias de leves enganos e parecenças, de Conceição Evaristo. Em Histórias de leves enganos e parecenças – constituído por doze contos curtos e uma novela, que finaliza o livro –, somos convidadas a imergir num mundo mágico evaristiano: a magia e/ou crença... Continuar Lendo →
Sobre a cura
O racismo é algo que pode ser perdoado? A escravidão dos nossos antepassados pode ser perdoada? Alguém, além de mim, carrega esses pensamentos como uma mágoa? As vezes me pergunto isso. Uma vez, assistia à cena de um filme; era uma mulher negra escravizada sendo vendida diante do filho. Meu pai, que também é negro,... Continuar Lendo →
Uma carta à gente branca
Cara gente branca, já que vocês decidiram perguntar – a gente já tem falado disso há um tempo e vocês não quiseram ouvir, mas enfim –, vou responder à sua pergunta: o que você pode fazer para não ser racista? Vamos começar relembrando um pouco da sua história de luta contra o racismo. Sua batalha... Continuar Lendo →
Cidinha da Silva, poeta
Na orelha de Canções de amor e dengo (Edições Me Parió Revolução, 2016), escreve Cidinha da Silva: “Não sou poeta, cometo alguns poemas e nesse ano comemorativo de 10 anos de carreira como escritora resolvi mostrá-los. São parte de mim e do meu trabalho e agora vão para a rua”. Esse é o tom que... Continuar Lendo →
Jesus da gente é um menino preto favelado
A verdade vos fará livre é o nome do samba-enredo deste ano da Estação Primeira de Mangueira. A Campeã do carnaval 2019, que levantou a Sapucaí com o samba-enredo História pra ninar gente grande, este ano promete ainda mais, ao levar para o sambódromo a figura de um Jesus periférico, negro, o “Jesus da gente”,... Continuar Lendo →
“Precisa ser desculpado, é um homem do seu tempo”
A foto que estampa este artigo foi tirada em 1982, e é do jornalista Luiz Morier. Nela, um sargento da PM, à maneira dos antigos capitães do mato, segura sete homens negros amarrados por uma corda. A fotografia foi destaque da primeira página do JB e posteriormente rendeu ao jornalista o Prêmio Esso. Esses dias... Continuar Lendo →
(Re)ler “Úrsula”
Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, foi publicado em 1859 e é considerado o primeiro romance escrito por uma mulher negra no Brasil. Foi o primeiro romance que jogou luz sobre a temática assombrosa da escravidão, sistema vigente da época, haja vista que a Lei Áurea só foi promulgada em 1888 no Brasil, quase 30... Continuar Lendo →